O que aprendi sobre competências e crises
Quanto ao tema é competência, existem muitos estudos sobre o assunto. Meu objetivo é relatar minha experiência e como contribuí com profissionais, especialmente líderes, no mundo corporativo em um momento de crise.
Durante a pandemia, é fato que as mudanças na rotina organizacional trouxeram muito medo, ansiedade, dor, perda e dificuldade para organizar as atividades pessoais e profissionais. A rotina das pessoas foi drasticamente modificada em um curto espaço de tempo, impactando a todos, tanto na vida pessoal quanto profissional. Nesse momento de crise, as lideranças questionavam o que fazer e como organizar a rotina das empresas.
Muitos líderes das empresas em que atuo como consultora me procuraram, primeiro para conversar e depois para uma assessoria. As dúvidas eram inúmeras, desde como conduzir a equipe até lidar com as individualidades e colaborar. Foi um período muito rico, pois construímos juntos as soluções.
A compreensão do ambiente phygital e como se comportar fora do ambiente de trabalho presencial, foi um dos pontos cruciais que discutimos. Essa fase foi essencial para que criasse ferramentas para facilitar o dia a dia e oferecer mais qualidade de vida aos colaboradores, com foco em processos, gestão, comunicação, qualidade e produtividade.
Essa experiência foi um estímulo para um aprofundamento no estudo sobre as competências sociais e emocionais, que deu origem a minha pesquisa.
Nesse cenário, compreendi a necessidade de explorar habilidades que aprendemos na infância e que se perdem ao longo do tempo, como cumprimentar "olhando nos olhos”, colaborar, escutar o outro com atenção, acolher, comunicar-se de maneira leve e assertiva.
Estavam em pauta competências muitas vezes pouco valorizadas porque desde a contratação, são valorizados profissionais altamente qualificados tecnicamente e as habilidades socioemocionais são não relevantes nesse momento.
Denominei minha ação de “Operação Resgate” para trazer o melhor de cada profissional na relação consigo mesmo e com o outro. Certamente há resistência porque os resultados são obtidos, no passo a passo, e não tão simples uma mudança de comportamento.
No cenário atual, a transformação digital tornou-se a principal condutora das mudanças organizacionais, exigindo dos líderes mais do que conhecimento técnico, requerendo inteligência emocional. A pandemia pode ter terminado, mas ainda há muito a ser feito devido ao trabalho híbrido, que trouxe alguns aspectos a serem desenvolvidos tanto nas organizações.
Com base em minha vivência, vamos preparar líderes para o futuro das organizações, capacitando-os para lidar com momentos de crise e rápidas mudanças, porque com isso teremos resultados sustentáveis, colaboradores mais engajados.









